OS AVANÇOS DA NEUROLOGIA RELACIONADOS A MEDITAÇÃO
A maioria dos estudos que envolvem neuroimagem e meditação procuram investigar os participantes do estudo durante a prática meditativa. Recentemente realizamos um estudo publicado na NeuroImage, que trouxe informações importantes sobre efeitos da meditação.
Isso porque os testes foram realizados fora da prática formal, em um contexto em que os participantes não estavam meditando, mas sim, realizando uma tarefa que exigia atenção e controle de impulsos. Desta maneira, pudemos verificar as diferenças durante a performance da tarefa e observar os efeitos duradouros da prática, que vão além do momento em que as pessoas estão formalmente sentadas e meditando.
Considerando-se que há atualmente grande interesse das pessoas em praticar meditação nos mais diferentes contextos, desde usuários do SUS (que podem praticar até mesmo em UBS), até atletas e executivos que buscam redução do estresse para maior produtividade, o tipo de investigação realizado em nosso estudo é fundamental para compreendermos os mecanismos cerebrais duradouros da meditação.
A conclusão foi que se observou que pessoas que praticam meditação regularmente precisam recrutar menos áreas cerebrais para ter uma mesma performance em um teste de atenção do que pessoas que não meditam. Estes resultados foram obtidos graças ao exame de ressonância magnética funcional.
A conclusão sugere que o cérebro de pessoas que praticam meditação regularmente parecem ser mais eficiente do que de pessoas que não praticam, em uma tarefa atencional. Vale lembrar que este estudo ficou ainda entre os três finalistas de um prêmio nacional, o Saúde 2012 na categoria de Saúde Mental e Emocional.
Autor: Elisa Kozasa, pesquisadora do Einstein
http://www.einstein.br/blog/Paginas/post.aspx?post=1212
Os comentários estão fechados no momento.